ALDO CALVET

 

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nomeaÇÃo de Calvet


AOS PROFISSIONAIS DA RIBALTA


ALDO CALVET NO SERVIÇO NACIONAL DE TEATRO MEMORIAL COM 1.500 ASSINATURAS – PROBLEMAS A SEREM RESOLVIDOS RIO 28-3-1951

Repercutiu agradavelmente na classe teatral a recente nomeação do jornalista Aldo Calvet para superintender os trabalhos do Serviço Nacional de Teatro, organismo criado pelo Presidente Vargas e destinado ao levantamento artístico e econômico da ribalta patrícia.

Quis o “amigo nº 1 do Teatro Nacional”, atendendo aos reclames dos profissionais das artes cênicas, colocar à frente do S.N.T. uma figura de verdadeira projeção e de capacidade comprovada que – não temos dúvida alguma – saberá imprimir ao importante departamento do Ministério da Educação e Saúde, um ritmo mais consonante às necessidades atuais, atendendo às Justas reivindicações da grande e laboriosa classe.

20 ANOS DE SERVIÇO

Aldo Calvet tem quatro lustros de sua vida inteiramente dedicados à atividade teatral, onde teve oportunidade de mostrar a sua cultura, honestidade e experiência sempre dirigidas para o engrandecimento dos reais problemas dos nossos palcos e dos nossos artistas.

Desde o seu tempo de amadorismo, quando integrou a Cia. Marquize Branca, até os dias de hoje, orientando a página de espetáculos da “Folha Carioca” e assinando a crítica especializada daquele vibrante matutino, Aldo Calvet sempre teve como diretriz única a melhoria do padrão de vida dos artistas teatrais e circenses, batalhando por retribuições mais vantajosas e pela defesa integral do esquecido autor brasileiro.

Ainda nas colunas de “Folha Carioca” o nosso prezado confrade, focalizou inúmeras vezes desde 1946, através de oportunas e sensatas reportagens, os problemas dos transportes, o caso das traduções, a construção de casa de espetáculos, a volta ao seu antigo destino dos teatros transformados em cinema, e demais fatos primordiais relacionados com os homens e coisas do palco.

UM PEDIDO DE 1.500 PROFISSIONAIS

Assinado por um milhar e meio de profissionais da ribalta, compreendendo atores, autores, girls, empresários, maquinistas, artistas circenses, cenógrafos, eletricistas, secretários, publicistas, musicos, contra-regras e pontos, foi entregue ao Presidente Getúlio Vargas, um memorial, solicitando a nomeação de Aldo Calvet para o Serviço Nacional de Teatro.

Na lista das assinaturas, podemos destacar os nomes credenciados de Procpio Ferreira, Iracema de Alencar, Jaime Costa, Alda Garrido, Joracy Camargo, Gilda Abreu, Vicente Celestino, Silveira Sampaio, Grande Otelo, Virginia Lane, Oscarito, Pedro Dias, Walter Pinto, Olavo de Barros, Mara Rúbia, Rodolfo Mayer, Pedro Celestino, Dalva de Oliveira, Henrique Pongetti, Gustavo Dória, Agostinho Olavo, Mary Lincoln, Juan Daniel, Dercy Goncalves, Suzana Negri, Silva Filho, Aimée, Nelson Rodrigues, Cesar Ladeira, Renata Fronzi, Beatriz Costa, Vicente Paiva,  Renato Viana, Brício de Abreu, Lopes Gonçalves, Antônio Ramos, Lucilia Perez, Zaíra Cavalcanti, Amadeu Celestino, Danilo Ramires, Abdias do Nascimento, Joaquim Ribeiro, Nelma Costa, Teixeira Pinto, Celso Guimarães, Brandão Filho, Jane Grey, Áurea Paiva, Nelly Rodrigues, Samaritana, Santos, Manoel Pera, Augusto Calheiros, Colé, Jurema Magalhães, Spina, Salomé, João Rios, Badu, Evilázio Marçal, Hortênsia Santos, Luiz Marzullo, Olga Navarro, David Conde, Laura Suarez, Maurício Lanthos, Pernambuco de Oliveira, Belmira de Almeida, José Policena, Eddy Leal, Berliet Junior, Silvia Autuori, Jararaca, Rui Rei, Antônio Ragio, Hebe Camargo, Nino Nélio, Pérola Negra, Cláudio Nonelli, Emilinha Borba, Castro Viana, Marion, Max Nunes, Edmundo Lopes, Radamés Celestino, Solange França, Lyson Gaster, Restier Junior, Amélia de Oliveira, Irmãos Queirolo, Aristides De Basile, Ambrósio Fregolente, Eugênia Levi, Henrique Delf, Ribeiro Fortes e de outras dezenas de elementos intimamente ligados ao progresso das artes cênicas do nosso país.

ATENDIDA A CLASSE TEATRAL

Com a designação de Aldo Calvet, foi inteiramente atendida a classe teatral que contará, doravante, com um eficiente Diretor do Serviço Nacional de Teatro, que  trabalha por um amparo mais racional aos profissionais da ribalta, no tocante à produção literária, aos meios de transporte, às casas de espetáculos, incentivo aos novos autores e demais reivindicações.