ALDO CALVET

 

NOVAS PERSPECTIVAS PARA O SERVIÇO NACIONAL DE TEATRO

ALDO CALVET, O NOVO DIRETOR, É UM LEGÍTIMO REPRESENTANTE DA CLASSE TEATRAL – JARBAS ANDRÉA NA DIREÇÃO DO CURSO DE TEATRO


Com a nomeação do Sr. Aldo Calvet, ilustre crítico teatral de “Folha Carioca” e conhecido teatrólogo, para diretor do Serviço Nacional de Teatro, este órgão do Ministério da Educação, inicia uma nova fase de intensa vitalidade e de perfeita harmonia com os círculos teatrais do país. Com o advento da nova administração, desaparece o divórcio entre o S.N.T. e a classe dos artistas.


Estamos diante de uma total renovação. Não é mais possível permitir o estiolamento que essa separação condenável favorecia, afastando o artista do órgão ministerial destinado a realizar a obra de aproximação entre o governo e a classe teatral. Aldo Calvet administrará de portas abertas. O S.N.T. não constituirá uma barreira para os artistas, mas, ao contrário, um traço de união entre estes e o Estado.


Mais do que nunca essa união se impõe. Vivêssemos uma época de tendências socializantes e, obedecendo a esse sentido atual, o artista merece as atenções do governo. O teatro possui uma função social que não pode ser menosprezada. A realidade social de nossa pátria exige, quanto antes, a sua utilização em prol da difusão cultural. É dever do Estado proteger o teatro e levá-lo a todas as camadas da população.


Não se compreende teatro para meia dúzia de favorecidos pela fortuna.

O teatro pertence ao povo, e o povo o reclama. Será um crime querer transformá-lo num monopólio para os ricos. Compreendendo assim, o papel do teatro numa democracia em marcha para o socialismo, Aldo Calvet vai realizar o mais amplo programa de difusão cultural que já se tentou no campo do teatro brasileiro.


JARBAS ANDRÉA NA DIREÇÃO DA ESCOLA DE TEATRO

Causou magnífica impressão, nos círculos teatrais, a designação de Jarbas Andréa para a direção do Curso Prático de Teatro do S.N.T. Jarbas Andréa e uma das mais sugestivas personalidades da geração atual. Artista, pintor, forrado de esplêndida compreensão sociológica da hora em que vivemos, dará ao ineficiente curso uma orientação produtiva, tornando-o, de fato, uma escola que preencha objetivamente os seus fins.


Para Jarbas Andréa o curso não pode, de modo algum, deixar de atender as necessidades do nosso meio social. Deve formar atores capazes de integrar os conjuntos profissionais e não agrupamentos precários de amadores ou grupos mais precários ainda de iniciativas sem nenhuma ressonância popular.


O curso será uma escola de trabalhadores do palco. O que se tem em mira é o nosso meio social e não macaquiações exóticas, sem repercussão em nossas condições ambientais. Por outro lado, Jarbas Andréa vai dar forma técnica à organização escolar, que prima pela ausência de uma estrutura pedagógica à altura de nossos foros de civilização. Uma ação renovadora, de cunho realista, vai pôr termo a intenções platônicas que não chegaram sequer a se concretizar em bases seguras.


O NOVO DIRETOR DE “DIONYSOS”

Foi convidado por Aldo Calvet para dirigir “DIONYSOS”, o órgão do Serviço Nacional de Teatro, o prof. Joaquim Ribeiro. “Visões do Mundo” rejubila-se com a honrosa incumbência dada ao nosso querido diretor.

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